quarta-feira, 17 de junho de 2009

Perfil físico

Filho:

Homem forte, de uns 40 anos, vestido com roupas boas, porém velhas, surradas e desbotadas. Um pouco acima do peso. Ombros arqueados, uma leve calvície no topo da cabeça, entradas acentuadas. Os cabelos bem pretos, lisos e grossos, os olhos pequenos, castanhos. Boca carnuda, a barba rala por fazer e o nariz pontudo, mas não muito grande.

Nos pés sapato de couro, com cadarço, desamarrado, também bom, mas já gasto. 

Mãos grandes, mas desajeitadas, com unhas fortes, um pouco compridas, por não ter se lembrado de cortá-las e muitos pêlos nos braços fortes. 

O tronco forte, desproporcional às pernas. Pernas mais frágeis, joelhos curvos para dentro. A cabeça grande, pesada. 

A imagem é de uma espécie de ogro deslocado, frágil e desajeitado. Um forte, que não é forte. Um bruto que não sabe e não pode usar a força. Que se esconde e se protege de sua delicadeza, que não é óbvia, com a droga.




Mãe:

Mulher muito magra, de uns quase 70 anos, traços bonitos, mas já enrugados, pele seca, os cabelos curtos, volumosos, branco-amarelados e com resquícios daquela tinta aroxeada que as velhinhas passam nos cabelos já totalmente brancos. 

Os olhos pequenos, meio verde exército, fundos e com um esbranquiçado na parte superior da íris. O olhar constantemente perdido atrás dos óculos meio bambos, de aro grosso. O nariz pequeno, fino.

O corpo todo arqueado, as mãos frágeis, sempre dadas, no colo, se segurando. As pernas muito fracas, os braços também muito finos. Quase pele e osso.

O vestido florido desbotado e manchado, as chinelinhas nos pés pequenos também um pouco rotas. 


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